22/03/20

Vamos além



Dez bebidas que seu bar precisa ter


Um bom bar precisa ir além dos destilados e incluir amaros e licores








Para quem pretende ter um bar em casa e impressionar os amigos não basta ter a melhor coleção de whisky e boas vodcas para preparar alguns drinques. O bom bar vai muito além dos destilados, é preciso incluir algumas garrafas de amaros e licores também.

Amaros é uma categoria de bebidas que pode ser dividida em dois grupos, os bitters e os vermutes. São bebidas produzidas com diferentes tipos de cascas e ervas podendo levar mais de 30 ingredientes em seu preparo. Essa mistura é adicionada ao álcool anidro (bitters) ou vinho (vermutes) e, por um processo de infusão, produz-se a maioria dos amaros encontrados no mercado.




Licor é uma bebida alcoólica doce, geralmente misturada com frutas, ervas, temperos, flores, sementes, raízes, cascas de árvores ou também cremes. O termo vem de "liquifacere", liquefazer, dissolver. A descrição mais comum de licor é a de uma bebida doce, de alto teor alcoólico, servida em pequenas taças após as refeições.

Atualmente existe uma quantidade muito grande de amaros e licores no mercado, do mais sofisticado à receita da vovó. Por conta disso, ADEGA selecionou dez garrafas que não podem faltar em sua prateleira e podem ser consumidos puros ou como ingredientes de coquetéis.


Amaros
Martini Rosso

Bebida composta de vinho tinto e ervas aromáticas. Criado inicialmente em 1863, Martini Rosso permanece como o autêntico vermute: natural, elegante, refrescante e estimulante. Pode ser encontrado ainda nas versões bianco e rosé e é ideal para ser servido como aperitivo com gelo picado, ou misturado com sucos de frutas ou água mineral.



Punt e Mes

Surge em Turim, Itália, e traz, no sabor levemente amargo, uma receita secreta que combina a destilação de uvas misturadas com substâncias balsâmicas e aromáticas, que caracterizam um bom vermute. Ótimo se apreciado em copo longo com gelo, água tônica e rodelas de laranja.
Angostura

É um dos bitters mais conhecidos do mundo e foi preparado pela primeira vez em 1824 pelo Dr. J.C.B. Siegert. Devido ao seu sabor e aroma deliciosos, tornou-se extremamente popular, sendo utilizado no preparo de muitos coquetéis. Atualmente é produzido e envasado em Trinidad e Tobago.
Campari

Surgiu em 1860 pelas mãos do italiano Gaspare Campari com sua vibrante cor vermelha. Em sua receita, leva cerca de 60 ingredientes oriundos dos quatro continentes. Seu sabor equilibrado entre o amargo e o doce é apreciado puro, com gelo ou misturado à tônica, suco de laranja e uma infinidade de outros ingredientes.

Noilly Prat

É o mais conhecido dos vermutes secos franceses, feito em Marselha. Muito seco e ótimo em dry martinis, ou como aperitivo, com gelo e soda. Ele é produzido com dois vinhos brancos maturados em tonéis de carvalho por 12 meses, e 40 ervas, maceradas por um ano e meio.
Licores
Baileys

Licor irlandês elaborado a partir da mistura de creme de leite irlandês com o melhor whisky do país e sabores naturais de cacau e baunilha. Esses ingredientes são misturados utilizando os mais modernos equipamentos em um processo que, apesar de simples, é altamente secreto.
Sambuca Molinari

Criado pela empresa Molinari sediada em Roma, Itália, em 1945. Licor incolor com ervas aromáticas e forte perfume de anis. Conhecido por ser um ótimo digestivo, também pode ser consumido puro, em coquetéis, na gastronomia ou flambado com grãos de café tostados.
Cointreau

Licor fino, elaborado a partir de um blend de cascas de laranjas doces e amargas em um processo controlado. As laranjas utilizadas para a sua elaboração vêm de todas as partes do mundo, especialmente do Brasil e dos Estados Unidos. Além de ser consumido como digestivo e aperitivo, também é muito utilizado na culinária.
Grand Marnier

Criado em 1827 e preservado na família por mais de seis gerações, Grand Marnier é um licor especial. Uma mistura artesanal de essência de laranjas tipo curaçau maceradas no Cognac. Perfeito na preparação de Margaritas ou Cosmopolitans.
Frangelico

Produzido em Canale, Itália, foi lançado na década de 1980, ganhando atenção principalmente por causa de sua embalagem inusitada que parece um frade. É elaborado de uma maneira similar a outros licores de nozes: as nozes são moídas e misturadas com cacau, baunilha e outros sabores naturais e então deixadas de molho na bebida alcoólica de base. Quando o álcool já absorveu o sabor dos ingredientes, o licor é filtrado, adocicado e engarrafado.
Coronavírus azeda o mundo dos vinhos



Eventos cancelados ou adiados, além de prejuízos para países exportadores, como Chile e Austrália. Nem a bebida de Baco escapa dos efeitos do coronavírus.





Nas últimas duas semanas, os organizadores da ProWein montaram um enorme plano de contingência para garantir a realização do evento, que é a mais importante feira de vinhos da atualidade.

Todas as taças seriam lavadas com água em temperatura a mais de 100ºC. Os visitantes receberiam cuspideiras individuais para descarte dos vinhos provados. E a equipe de limpeza trabalharia com máscaras e uniformes protetores.

Mas, mesmo com todos estes cuidados, em reunião na última sexta-feira à noite, a decisão foi adiar o evento, que aconteceria entre os dias 15 e 19 de março, na cidade de Düsseldorf.

“Com o surgimento de novos casos na Alemanha, próximos a Düsseldorf, foi decidido junto com o governo adiar a feira para minimizar o risco de novos contágios, embora o governo alemão esteja fazendo um excelente trabalho de contenção e identificação de pacientes”, afirmou para a NeoFeed Rico Azeredo, o representante no Brasil da Messe Düsseldorf, empresa que organiza a ProWein. “O risco de contágio, mesmo com todas as medidas de contingência, é grande.”

O comunicado oficial foi divulgado na tarde de sábado, 29 de fevereiro, no site do evento. A nova data será anunciada nas próximas semanas. A ProWein é o segundo evento que a Messe Düsseldorf Group decide adiar diante da propagação do coronavírus.

A terceira edição de ProWine Asia, prevista para acontecer entre 31 de março e 3 de abril, em Cingapura, foi adiada logo que as primeiras notícias do coronavírus chegaram ao continente.

Na semana passada, foi anunciada a nova data: de 13 a 16 de julho. As outras duas feiras do grupo, a ProWine Shanghai (China) e a ProWine São Paulo (Brasil) acontecem no segundo semestre quando, espera-se, a disseminação do novo coronavírus já esteja controlada.

A direção da Baron Philippe de Rothschild decidiu suspender, por tempo indeterminado, todos os compromissos internacionais de seus executivos neste sábado.

Michel Friou, principal enólogo da vinícola chilena Almaviva, foi o primeiro a sentir o impacto da medida. Ele embarcaria neste domingo para o Brasil, para uma viagem de uma semana por algumas capitais do país, apresentando a premiada safra de 2017.

Também fazem parte do grupo as vinícolas Château Clerc Milon, Château d’Armailhac, Domaine de Baronarqyes, Opus One, Escudo Rojo, Mouton Cadet e Anderra, além, claro, do próprio Château Mouton Rothschild. A decisão do board vale para todas as vinícolas.

Outros eventos de vinho na Ásia, como o China Food & Drinks Fair (CFDF), realizado na cidade de Chengdu, estão adiados indefinidamente. Focada no mercado doméstico, a CFDF atrai cerca de 3 mil expositores, 300 mil visitantes e gera, em receita, o equivalente a US$ 3 bilhões. É considerado um evento importante para incentivar o consumo local da bebida.

Mais ousados, os diretores da Veronafiere, que organizam a Vinitaly, a maior feira de vinhos italianos, decidiram manter a data original. Assim, mesmo com a chegada do coronavírus no país, os italianos estão confirmando, ao menos por enquanto, a realização da exposição na cidade de Verona, para os dias 19 a 22 de abril.

Em toda a Ásia, e principalmente na China, os efeitos do coronavírus são desastrosos também no mundo de Baco. De um lado, porque os chineses são grandes consumidores. No ranking mundial de consumo de vinho, eles ocupam o quinto lugar, atrás apenas dos Estados Unidos, da França, da Alemanha e da Itália.

Com a quarentena, os chineses reduziram drasticamente a compra de bebida, assim como o seu consumo em bares e restaurantes. Até a opção de vendas online ficou comprometida, já que não há entregadores para atender todas as encomendas. “Não temos como manejar uma empresa sem pessoas”, afirma Claudia Masueger, gerente da rede de lojas Cheers, para a publicação Meininger’s.

Esta retração de consumo terá impacto no resultado de companhias não chinesas. Segundo a revista inglesa Decanter, 30% dos negócios da gigante de produtos de luxo LVMH e 10% da Pernod Ricard são em território chinês. A multinacional Diageo, por sua vez, estimou que o vírus na região da Ásia e do Pacífico deve afetar significativamente o seu lucro em 2020.

Os vinhos de Bordeaux também sentem o efeito colateral do Covid-19, nome oficial da doença do novo coronavírus. Dados do Liv-ex, empresa que funciona como um mercado global para o comércio de vinho e reúne informações de mais de 474 empresas, registram uma queda de 38,3% na procura pelos vinhos de Bordeaux na penúltima semana de fevereiro, em comparação com a anterior. Os tintos, principalmente, desta região francesa são muito populares no mercado asiático.


As exportações chilenas já caíram entre 50% e 60%, do total de 350 contêineres que entravam por dia na China

Além da retração no consumo, as fronteiras fechadas impedem a entrada de vinhos e espumantes no país. Austrália e Chile são países que já estão sendo impactados em suas exportações. Segundo informações da revista Forbes, as exportações chilenas já caíram entre 50% e 60%, do total de 350 contêineres que entravam por dia na China.

Na Austrália, as fronteiras fechadas atrapalham ainda mais a sua viticultura. O país do canguru já sofre os efeitos da enorme queimada, que começou em setembro do ano passado e só terminou em janeiro de 2020.

O fogo destruiu mais de 10 milhões de hectares de vinhedos, de acordo com os órgãos oficiais, principalmente nas regiões de New South Wales e Victoria. A Austrália exporta mais de US$ 1,2 bilhão em vinhos para a China por ano.

Com o coronavírus, a redução de pedidos dos chineses, nos meses de janeiro e fevereiro foi de 90%, segundo a Forbes.

Ambos sabemos que esta guerra biológica entre a china e estados unidos afecta a economia mundial , logo terceiros como nós mero civilização somos vítimas do factor capitalismo e poder por parte política .
Mas vamos torcer para que dé tudo certo e voltemos a vida quotidiano de outrora e não esqueçam vamos fazer nossa parte de ficar em casa para que não haja um flagelo de coronavirus /covib19 .
Desejo 1 bem haja a todos

Por : Ricardo Valsumo (Sommelier -pt )



Tendências de consumo no mercado de vinhos em 2020


Orgânico, Rosé ou espumante? Pesquisa destaca tendências para a indústria e consumidores ficarem de olho durante o ano 2020

POR Ricardo valsumo - 22 de março DE 2020 




O vinho é uma das bebidas mais antigas e saborosas da humanidade. Feito a partir da fermentação da uva, sua composição atrai amantes pelo mundo todo. Como uma grande variedade no mercado, as opções com uvas familiares, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc, costumam ser os mais pedidos no Brasil.

De acordo com uma pesquisa da Wine Intelligence, as escolhas mais tradicionais prometem continuar em alta em 2020, mas há algumas tendências que devem ganhar a preferência dos consumidores durante o ano.


OS FAMOSOS ROSÉS 



Os rosés viraram um dos queridinhos do momento e estão entre as opções mais pedidas pela população brasileira. De acordo com dados da Ideal Consulting, entre 2014 e 2018, seu consumo aumentou de um milhão de litros para mais de cinco milhões – um aumento de 278%; sendo 40% somente em 2018.

Leves, frescos e com uma harmonização versátil, os vinhos rosés não possuem corantes ou aromatizantes. Feitos na maioria das vezes com a técnica de maceração, sua cor acontece de acordo com o tempo em que o mosto fica em contato com a casca da uva. Desta forma, seu processo de produção é bem mais rápido que os vinhos tintos e por isso sua cor fica mais rosada e clarinha.


SUSTENTÁVEIS E ORGÂNICOS



Os vinhos orgânicos simples, os biodinâmicos e os naturais, estão ganhando cada vez mais espaço entre as preferências dos consumidores. Produzidos de maneira sustentável, possuem um sistema de base ecológica muito melhor para o meio ambiente e são vistos como uma grande aposta para o futuro da indústria. De acordo com a pesquisa, além das opções mais naturais, os consumidores, principalmente da Geração Z, estão optando também por “brancos aromáticos, frescos e com baixo teor alcoólico e por tintos interessantes, com menos taninos”.

EMBALAGENS QUE FAZEM A DIFERENÇA




A embalagem também é importante. As garrafas de vinho feitas com vidros mais leves e que possuem rolhas com emissão zero de carbono prometem se destacar entre os pedidos dos consumidores durante 2020.

Outra opção que também promete aumentar são os vinhos de lata. Segundo a pesquisa, a bebida enlatada, que já faz grande sucesso no Estados Unidos, deve ganhar mais espaço no Brasil. Considerada como uma opção mais prática para algumas ocasiões, as embalagens são 100% recicláveis.


ESPUMANTES



Os espumantes também estão entre as apostas para o ano. Feitos a partir da segunda fermentação, os vinhos espumantes deixaram de ser consumidos apenas em ocasiões especiais e ficaram mais frequentes entre os pedidos dos brasileiros, resultando em um crescimento de 30% entre 2014 e 2018. Tudo indica que a tendência promete continuar em ascensão em 2020.