O maior do mundo
Na última safra a Itália se colocou novamente no degrau mais alto do pódio dos maiores produtores do mundo, superando mais uma vez a França, rival de sempre nesta eterna corrida para o predomínio. Claro que os números refletem apenas a quantidade, mas isto não prescinde a qualidade, primeiro porque safras abundantes coincidem também com excelência das uvas; segundo porque num País s que os gregos chamavam de Enotria (terra do vinho), onde as videiras sempre cresceram espontaneamente de norte a sul, onde o vinho foi sempre estritamente ligado á própria história, a qualidade vem por si só.
Então vamos á bota, vamos á Enotria!
Nina Merlot
A filha adotiva
Sabemos que a casta merlot é de origem francesa, mas no nordeste da Itália o ligado histórico dos viticultores com esta uva é tão profundo e antigo que os locais acabam até reputando-a praticamente como uma uva nativa; poderíamos dizer que os italianos consideram a merlot como uma filha adotiva.
De fato, especialmente no Veneto a uva se adaptou muito bem, e de fato acompanha a vitivinicultura da região de mãos dadas com as castas autóctones que você deve ter provado nas denominações de Valpolicella, Soave, Bardolino, Amarone, Prosecco.
Este é um merlot estiloso, alegre e fresco, feito para destacar leveza e elegância, produzido por uma grande casa que tem longa tradição nessa terra de gente empreendedora.
Notas de degustação
De coloração rubi claro, entrega no nariz aromas frutados (cerejas e ameixas secas), com umas notas de ervas. Apostando para o frescor, tem taninos delicados, para um conjunto muito agradável, macio e equilibrado.
Harmonização
Seu teor alcoólico favorece a que se beba facilmente e também permite acompanhar entradas e pratos com carnes vermelhas e aves. Massas com molho de tomate e uma tradicional receita do Veneto: sardinhas ao molho de pinhão e uva passa.
Sardinhas ao molho de pinhão e uva passa
Para harmonizar: Nina Merlot
INGREDIENTES
250 g de filé de sardinhas
Uva passa 40 g
50 g de arroz
150 g de pinhão
120 g de brócolis
Limão
Sal
Pimenta
Azeite
Manteiga
50 ml de vinho branco
5 g de cebola picada
MODO DE PREPARO
Molho: Dourar a cebola picada no azeite, adicionar o vinho branco, 1 pitada de ervas finas e 100 g de pinhão cortados de comprido e 40 g de uva passa.
Grelhar a sardinha na manteiga, temperada com sal, limão e pimenta a gosto.
Cozinhar o brócolis no vapor.
Montar o prato.
Mais informações
País: Itália
Região: Veneto
Produtor: Botter
Tipo: Tinto
Safra: 2013
Castas: 100% Merlot
Amadurecimento: em cubas de inox, para manter o frescor da fruta
Teor Alcoólico: 12%
Temperatura de Serviço: 10-12-º
Guarda: 3-5 anos
Villa Rossi Sangiovese
A outra face da Sangiovese
Apesar da Sangiovese fazer a (justa) fama dos vinhos da Toscana, ela representa o símbolo enológico da região da Emilia Romagna, onde é amplamente plantada. A região tem uma vocação especial para agricultura, mas quanto á vinho nas décadas passadas se preferiu uma produção mais votada para rótulos simples produzidos em grande quantidade. Por nossa sorte nos últimos anos estamos assistindo a uma verdadeira reviravolta na viticultura regional que coloca a cada vez mais os produtores, auxiliados por novas regulamentações, na busca da melhor qualidade possível. E resultados e reconhecimentos não demoraram a chegar. Pudemos ver isso de perto numa recente edição da Vinitaly, a grande feira de vinhos da Itália, uma das maiores do mundo.
A Sangiovese da Emilia Romagna é um pouco diferente da sua homônima toscana. Ela é plantada a partir de diferentes clones que proporcionam vinhos mais amáveis e macios na boca. São vinhos francos, profundos, usam moderadamente a madeira, de modo elegante, e oferecem grande prazer pelo preço que custam.
Quando conhecemos o Villa Rossi Rubicone IGT Sangiovese, fizemos todos os esforços para viabilizar sua vinda ao Brasil e esperamos que vocês apreciem. Nós adoramos.
Notas de degustação
O cuidado na elaboração é grande e começa com a colheita manual das uvas. Não é utilizada madeira para poder realçar os aromas e sabores de frutas vermelhas frescas, com um leve toque de especiarias. A típica acidez da Sangiovese é aqui bem amigável, trazendo um ótimo frescor.
Harmonização
Na Itália se diria que este é um vinho “da tutto pasto”, ou seja, que acompanha a refeição inteira. Então a nossa dica é para escoltar os pratos tradicionais da gastronomia da bota. Inicie com aperitivos e frios, continue com massas ao molho de tomates frescos e manjericão e termine com um suculento filetto di manzo in padella (filé grelhado temperado com molho de vinagre branco e limão).
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