25/12/16

O QUE BEBER NAS FESTAS DE FINAL DE ANO



Muita gente entra em depressão quando começa a surgir os primeiros enfeites natalinos no comércio. Mas pra grande maioria das pessoas é a aproximação de um período muito festivo, com troca de presentes, muita comida e bebida. Pelo menos duas festas embalam 9 entre 10 brasileiros: natal (mesmo para os não muito religiosos) e ano novo. E com elas, sempre surge a dúvida do que beber.



Vinhos e espumantes nas comemorações













Pela tradição das duas festas, vinhos e espumantes são peça quase obrigatória. No natal, em virtude do papel importante do vinho nos ritos católicos, as ceias seguem o protocolo e incluem vinhos em seu cardápio. No réveillon, embora cervejas e caipirinhas sejam indispensáveis, é forte a tradição de se brindar a virada do ano com um bom espumante.







Por conta disso, as delicatessens, distribuidoras de bebidas e grandes redes de supermercados nos bombardeiam com inúmeras ofertas de vinhos e espumantes para estas festividades.

A pergunta que não quer calar: qual comprar?














No natal, o cardápio costuma variar pouco. Nas ceias mais tradicionais, normalmente encontra-se peru ou chester assado, lombinho de porco e /ou presunto tender. Para essas carnes de sabor mais marcante, combina bem um vinho tinto não muito encorpado, de preferência com boa acidez e aroma frutado.







Aqui cai muito bem um bom vinho italiano como um Chianti (de preferência o Classico), um Rosso di Toscana (ambos entre R$30 e R$60) ou mesmo um Brunello di Montalcino (normalmente acima de R$100). Pros fãs de vinhos do Cone Sul, sugiro um Carmenere Chileno ou um Pinot Noir. Só não recomendo vinhos com a uva Cabernet Sauvignon ou Malbec, a meu ver muito tânicos pra esse tipo de prato, mas se você é fã desse tipo de vinho vai fundo.

E com bacalhau?







Pra quem faz ceia tendo o bacalhau como prato principal, nada como um vinho verde tinto português bem gelado, que é inclusive mais adequado para o calor dos trópicos, ou um vinho branco mais encorpado, como os Chardonnays. Particularmente sou fã dos brancos feitos com a uva Viognier, não muito frequentes em nossas prateleiras mas que tem ganho cada vez mais adeptos no Cone Sul.

Feliz Ano novo etílico














Para a virada do ano, recomendo os espumantes nacionais: nessa área, nossas vinícolas estão dando show de qualidade, embora o preço ainda não seja tão atrativo. Muita gente curte optar por Proseccos italianos, mas os que eu tenho visto à venda nos nossos mercados não barram um bom espumante gaúcho.







Normalmente opto pelos espumantes feitos pelo método tradicional (champenoise, com fermentação dentro da própria garrafa), e daqui do Brasil gosto muito dos rótulos da Miolo, da Valduga e da Cave Geisse (principalmente), que felizmente são figurinha fácil nas principais festas. Para as ceias de réveillon recomendo um bom rosé, especialmente para acompanhar a lentilha, comida que dizem dar boa sorte se consumida na virada.

Onde comprar?







Descobri duas lojas online bem interessantes, a Prazeres da Adega e a Maison du Vin que vendem diversos vinhos e espumantes e dos mais variados preços, vale o confere por lá e comprar as garrafas pra esse final de ano.

Finalizando







E você, vai comemorar bebendo o que nesse final de ano? Diga aqui pra nós o que você prefere.







Abs.

14/12/16

Como escolher o vinho para acompanhar o bacalhau neste natal?



Está a chegar o natal e já andamos todos a tratar de tudo o que é necessário para uma boa consoada. Quando se fala em compras de natal, pensamos de imediato em prendas, bacalhau e doces. No entanto, não adianta preparamos uma linda refeição se harmonizarmos o petisco com o vinho errado. 


O bacalhau é sem dúvida o grande centro da maioria das mesas portuguesas no dia de natal. A escolha do vinho é sempre difícil pois o bacalhau apesar de ser um peixe, é bastante especial tendo aromas bastante intensos, sendo aceitável a harmonização com vinhos brancos e tintos (semelhante a frango). Também podemos encontrar milhares de receitas com o bacalhau


Apesar da escolha ser sempre subjetiva, deixamos umas dicas para a escolha do néctar:


- O prato mais comum no natal é o bacalhau cozido. De todos as receitas, é o prato menos poderoso em termos de sabor pelo que se torna bastante sensível ao vinho que o acompanha. Devem ser procurados vinhos suaves e frescos. Neste caso os vinhos brancos com alguma madeira são os mais indicados. Se fizer questão do vinho tinto, procure vinhos macios com taninos suaves e frutados. Mas cuidado, os vinhos mais amargos irão realçar o sabor salgado do bacalhau!


- No caso de optar pelo vinho branco sugerimos as castas Antão Vaz, Chardonnay e Encruzado. O estágio em madeira permite uma maior estrutura e complexidade. Procure as reservas e evite brancos secos!


- A grande casta Alvarinho, é uma excelente opção para a consoada. Geralmente com vinhos mais complexos, estruturados e frescos, o vinho verde irá combinar na perfeição com a acidez presente no molho verde. As restantes castas mais habituais do vinho verde não são tão aconselháveis pois geralmente não apresentam estrutura e corpo para acompanhar o bacalhau. 


- Se faz questão do vinho tinto, então a escolha é mais polémica. Dada a simplicidade do bacalhau cozido, os vinhos tintos deverão ser vinhos suaves, com um pouco de acidez e sem grande impacto aromático. Sugerimos os tintos da Bairrada, de Lisboa e do Dão. Tenha cuidados com vinhos demasiados jovens, com taninos bem presentes e tintos mais secos. 


- No caso dos mais corajosos, também é possível harmonizar com um rosé e um espumante. Procure um bom rosé frutado e fresco ou um espumante de alvarinho. São sempre boas opções. Uma mesa de natal bonita, com boa comida e o vinho perfeito irão encantar toda a família. Se tem uma harmonização habitual., partilhe...;)

26/11/16

MÚSICA QUE MELHORA O VINHO





Uma lista de músicas que ajudam a beber melhor 






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A música que você ouve afeta o vinho que você bebe. Bancada pela vinícola chilena Montes, a Universidade de Edimburgo, na Escócia, pôs seus cientistas envelhecidos em barris de carvalho para estudar o assunto. E descobriu que um cabernet sauvignon fica 60% mais “rico” e “robusto” ao som de Carmina Burana, de Carl Orff, do que quando bebido em silêncio. Ou pelo menos assim o percebem as cobaias enófilas. 


Som na taça! 


Aqui no Brasil, o sommelier Sándor Szakurán (da importadora World Wine) já havia reparado que a trilha sonora pode aumentar o prazer do vinho. Além de tocar piano, o cara tem como hobby harmonizar vinho com música. Simplificando muito a coisa, sons mais calmos pedem brancos delicados – e rock pesado vai bem com tintos potentes. Já as harmonias ricas da música barroca combina com um bom Porto. Aí vão algumas dicas dele: 


• I’ve Got You Under My Skin (Frank Sinatra): tinto espanhol de uvas tempranillo ou um sangiovese italiano. 


• A Flauta Mágica (Mozart): riesling (branco) alemão ou australiano. 


• Eleanor Rigby (Beatles): tinto português da região do Douro. 


• Brown Sugar (Rolling Stones): syrah do vale do Rhône (França). 


• War Pigs (Black Sabbath): um tinto da região de Bordeaux (França). 


• Wave (João Gilberto): um chardonnay da Borgonha ou do Chile. 


• Fio de Cabelo (Chitãozinho e Xororó): espumante. 


• Podres Poderes (Caetano Veloso): vinho do Porto ou Madeira. 



• Melô do Créu (Mc Créu): o sommelier se recusou a responder esta aqui; eu sugiro arsênico ou cicuta .

Curso de Escanção/ Sommelier (Portugal)

Hoje Resolvi Partilhar convosco a verdade sobre a escanção dos sommelier , então para os interessados aqui vai a informação para quem quiser seguir esta área e claro para quem estiver por terras lusitanas:

Curso de Escanção/ Sommelier na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa

OBJETIVOS

Conhecer os diversos vinhos produzidos em Portugal e no estrangeiro; 
Identificar a relação entre a gastronomia, vinhos e património histórico; 
Elaborar a carta de vinhos e organizar e gerir a garrafeira. 

DESTINATÁRIOS
Profissionais do Serviço de Mesa e de Bar, ou de outras áreas afins, como cozinha, promoção de vinhos, garrafeiras entre outras.
DURAÇÃO: 300h

PREÇO: €900
CERTIFICAÇÃO
Certificação  condicionada à aprovação em Prova de Avaliação Final.

NOTA - atenção os preços podem serem alterados a qualquer momento.Entre em contacto conosco e tire suas dúvidas.


- See more at: http://escolas.turismodeportugal.pt/evento/curso-de-escan-o-sommelier-0#sthash.9JePC7Yn.dpuf







como contactar :

http://escolas.turismodeportugal.pt/contactos

21/11/16

HARMONIZANDO VINHO E MÚSICA

Conheça a Harmonização Perfeita. Vinho e Música


VINHO E MÚSICA


Quem me acompanha no blog sabe que é quase regra; ao final de cada publicação uma música que combina com o vinho. Gosto desta harmonização por várias razões.


Nesta cadeira espero o vinho e a música. 


Dois prazeres que eu tenho abrem, imediatamente, a minha caixinha de lembranças e emoções positivas, o vinho e a música. Inúmeras vezes os aromas e sabores de um vinho me levaram de volta ao tempo com ricas recordações. Com a música não é diferente. Desde os estilos aos artistas ouvir música e beber um vinho que agrade é reviver.


Entretanto, as semelhanças não param por aí. Quando estou a frente de um vinho sempre entendo estar a frente de uma bebida a ser entendida, a ser interpretada, a ser reescrita.





Já pensaram no trabalho daquele que elaborou o vinho? Qual a mensagem que ele nos trás? Quais os sacrifícios e dificuldades desde a escolha da uva certa para determinado terroir até a apresentação final que são as garrafas e rótulos. Isto pensando que a cada ano a natureza oferece a este artista um conjunto novo de variáveis. Tal qual um pintor que recebe, sem poder escolher, as tintas com as quais pintará o quadro de nosso vinho.


Na música não é diferente. A harmonia, a mensagem, o estilo, os instrumentos, o vocal se solo ou acompanhado, enfim a sensibilidade que nos quer trazer. O mais incrível é que tanto a música como o vinho que nós gostamos e repetimos são, tecnicamente, sempre iguais, porém a cada vez que bebemos ou ouvimos as sensações são variadas. E por quê? Porque nós é que mudamos, nossos sentimentos e percepções são diferentes, graças a Deus.


Pensando nos mais corriqueiros Estilos de Vinhos posso pensar na música. Todos os vinhos têm seu momento especial para brilhar. 


Azul do Mar de Tim Maia. Os Brancos Refrescantes lembram descontração sem perder a elegância.


Pensem se um bom Pinot Grigio ou um Vinho Verde.
Um Branco Frutado. Combina com um jazz agradável de Oscar Peterson Trio ao final de uma tarde de verão. 


Como um Chardonnay. Redondo, equilibrado e agradável.


No estilo Branco Aromático temos uma explosão de sabores e aromas, numa só uva.




Combina com este gênio do acordeon sozinho parece uma orquestra.




Nos Tintos Frutados procuramos a alegria e leveza num vinho mesmo tendo taninos.


Quem sabe a guitarra de Wes Montgomery?


No Estilo Tinto Sedoso com o perfeito tríplice equilíbrio de fruta, taninos e acidez.


Nada como a voz amável de Ella Fitzgerald.


No Estilo Tinto De Guarda com a Malbec, por exemplo quem sabe não um Cello de Schubert?


Onde temos a força, vigor e elegância que um vinho neste estilo deve ter.


E nos vinhos de sobremesa? Um Sauternes, um Late Harvest são vinhos intimistas.
Nada melhor que um Noturno de Chopin.

04/11/16

APRENDA QUAIS OS VINHOS COMBINAM MELHOR PARA O FRIO






Já virou um hábito de muitos brasileiros reunir amigos em casa para tomar um bom vinho e degustar algum prato preparado pelo anfitrião. Agora com a chegada das temperaturas mais baixas essa dobradinha vinho e prato principal ganha ainda mais força. Pensando nisso separamos algumas dicas para você acertar na escolha do vinho e na harmonização com o prato neste inverno. Pra você fazer bonito com os amigos em casa ou no restaurante.




foto: Emiliano de Laurentiss


Assim como dias mais frios pedem pratos mais quentes, dias frios também pedem vinhos mais encorpados, na maioria das vezes tintos. Mas não basta ser tinto, o vinho também deve ser mais calórico e apresentar uma sensação de calor na boca. Para atingir essa sensação uma variação sutil no teor alcoólico é uma boa opção.




Os tintos costumam ter 13% de álcool, então um com 15 % já confere uma sensação mais quente. Foto: by Ulcano


Qual a temperatura ideal para servir?


Os vinhos tintos devem ser servidos entre 16º e 18ºC, no inverno, o que pode ser considerada temperatura ambiente e dispensa refrigeração. Em dias mais quentes, eles podem ficar cerca de 30 minutos na porta da geladeira antes de ir à mesa. Já o vinho branco, deve ser servido entre 9º e 11ºC, independentemente da estação do ano.




fonte: Veja SP


A galera é heterogênea, nada de profundos conhecedores de vinho. O que devo servir?


Aposte em rótulos com custo benefício a seu favor. Geralmente argentinos da uva Malbec, chilenos da uva Carménère ou Cabernet Sauvignon ou italianos da uva Sangiovese da Toscana, por exemplo.




O decanter, espécie de jarra de cristal ou vidro, serve para arejar o vinho, amaciar os taninos e dar uma mãozinha no despertar dos aromas. Aprenda como usar, clique aqui. Foto: Luigi Anzivino


Impressione com o Decanter


Vinhos jovens e encorpados ou com mais de 5 anos, podem ser servidos no decanter. No primeiro caso, são bebidas que não amadureceram muito e a decantação ajuda a desprender e liberar os aromas primários de fruta. No caso dos outros, o vinho em contato com o ar libera os aromas ‘presos’ e fica mais rico na degustação. Mas atenção, vinhos mais velhos, com mais de 10 anos, devem ser servidos sempre na própria garrafa, para não correr o risco de perder as principais características de aroma e sabor quando em contato com o ar.




É importante degustar o vinho em taças grandes, pois isso ajuda a bebida a apresentar suas melhores características de aroma. Foto: Christina Cholidou


Se a ideia for uma festa completamente regada a vinho, saiba por quais começar e terminar.


Para as entradas ou petiscos, opte por espumantes leves ou Prosecco. Dê sequência com tintos mais leves, só então sirva os encorpados. Para acompanhar a sobremesa ou finalizar antes do café, um vinho do Porto cai muito bem.




Importante: A água é ideal para ‘lavar a língua’ na troca de um vinho por outro ou para poder sentir o gosto do vinho sem a interferência dos sabores do prato, durante o jantar. Foto: John Karakatsanis.


Para acertar na harmonização nos dias frios


Lembre-se, o importante na hora de harmonizar é combinar um vinho e um prato que quando servidos juntos colaborem para ressaltar ainda mais as características um do outro , criando assim um conjunto sensorial prazeroso.




Ponha a mesa e chame os amigos sem medo de errar. Foto por Henry Figueroa


Entradas e pratos informais


A Bruschetta que é fácil de fazer e também costuma agradar um grupo heterogêneo, vai bem com vinhos brancos e italianos leves (Chianti, Montelpucciano D’abruzzo).


Estrogonofe de frango ou carne é delicioso com vinhos rosé.


As fondues caem bem com tintos médios (Carménère ou Cabernet do Chile, Merlot do Brasil ou franceses como Côte Du Rhône).


Churrasco combina com vinhos argentinos da uva Malbec.


No caso das pizzas depende muito do recheio da massa, mas receitas clássicas como margherita, frango com catupiry ou similares, vão bem com vinhos Shiraz (ou Syrah), vinhos italianos leves, Cabernet ou Pinotage sul africanos.


Massas


Em molho leve ou branco


Espumante brut


Branco jovem ou maduro


Tinto jovem leve ou de médio corpo


Em molho condimentado ou vermelho


Espumante brut de boa estrutura


Tinto maduro de médio corpo a robusto


Carnes Vermelhas


Grelhadas ou em molho leve


Espumante brut


Tinto jovem leve ou de médio corpo


Em molho forte


Tinto maduro de médio corpo a robusto


Caças de pêlo


Tinto maduro e robusto


Carnes Brancas


Grelhadas ou em molho leve


Espumante brut


Branco seco de boa estrutura, jovem ou maduro


Tinto jovem ou de médio corpo


Grelhadas em molho forte


Tinto maduro de médio corpo a robusto


Caças de penas, Pato, Coq au Vin


Tinto maduro de médio corpo a robusto


Peru


Tinto leve ou de médio corpo


Branco seco de boa estrutura


Foie Gras


Branco doce de alto nível(Sauternes, Tokay, etc.)


Fortificado doce (Porto Vintage, LBV, Colheita, etc.)


Espumante de qualidade (Champagne Milesimé, Espumante Tradicional, etc.)


Trutas


Trutas Grelhadas ou em molho leve ou crus (também vale para sushi)


Espumante brut ou demi-sec


Vinho branco seco frutado jovem ou levemente maduro


Evitar os vinhos brancos com presença de madeira (fermentados ou maturados em barrica), exceto no caso de peixes defumados.


Com molhos fortes


Branco maduro de boa estrutura


Rosé seco de qualidade


Tinto jovem de leve ou médio corpo


Bacalhau


Tinto jovem ou de médio corpo


Branco maduro, de bom corpo


Sobremesa


Vinho Branco Doce de Qualidade


Exemplos: Sauternes (França) , Alsace (Vendange Tardive e Séletion de Grains Nobles), Tokay (Hungria) e os alemães com os predicados (“mit Predikat”): Auslese, Beerenauslese, Trockenbeerenauslese e Eiswein


Vinho Fortificado Demi-sec ou doce


Exemplos: Porto (Ruby, Tawny, LBV, Vintage, etc.), Jerez(Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira (Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d`Asti, Banyuls, Marsala, Málaga (Lagrima Christi), etc.


Espumante Demi-sec ou doce


Exemplos: Asti (italiano), Cava (espanhol), Champagne Doux(francês), Sekt Suß (alemão), Blanquete de Limoux (francês) e outros espumantes.




Se você curte um Queijos & Vinhos, não esquecemos de você. Foto: Getty Images


Está pensando naquele tradicional queijos e vinhos?


Pois saiba que muitos especialistas rejeitam a dobradinha queijo e vinhos. Mas há sim combinações nas quais essa dupla funciona.


Um gorgonzola é delicioso com um vinho do Porto.


Um brie derretido no forno com geleia de damasco é perfeito tanto com um vinho branco, como com um tinto de corpo médio, ou então um Carménère Reserva.


O queijo tipo gouda vai bem com vinhos leves, espumantes e brancos.


O de cabra temperado combina com vinhos tintos do Alentejo ou espanhóis médios e sempre com brancos e espumantes.


O famoso queijo português Serra da Estrela feito com leite de ovelha pode ser combinado com um vinho do Porto ou com outros do mesmo país, sempre tintos.


Dica: Escolha pelo menos cinco tipos, entre os de sabores suaves e mais fortes. No entanto, evite servir mussarela, queijo prato ou queijo-de-minas e também provolone e parmesão. Os três primeiros são muito comuns para um evento temático com queijos e vinhos e os dois últimos, muitos fortes e podem atrapalhar a degustação dos outros tipos e também da bebida.




Um brinde e bom apetite. Foto por Peter Thoeny


Mas, em tempo, assim como acontece na moda o mais importante é se sentir bem com as escolhas. Logo, não é porque está frio que você vai deixar de aproveitar aquele tinto leve ou um branco suave que te agrada. Sabores e sensações independem de estações. O que esperamos com as dicas deste post é que elas lhe sirvam mais como um guia que te encoraje a experimentar novos sabores, e que também colaborem para que você receba bem os seus amigos. Tenha um bom apetite e Tim tim!!!






















24/10/16

10 DICAS SIMPLES PARA CONHECER MELHOR O MUNDO DOS VINHOS

Copo de vinho



O mundo dos vinhos pode ser fascinante e extremamente convidativo mas, para quem não conhece bem a temática do vinho, este mundo também pode ser muito intimidativo. Porém, para se integrar no universo do néctar dos deuses é preciso dar o primeiro passo, fazer a primeira degustação, no fundo, arriscar um pouco. Para o ajudar nessa maravilhosa conquista do mundo vinícola, reunimos 

10 dicas simples que o vão tornar num connoisseur em dois tempos.

Armazenar corretamente as garrafas de vinho é meio caminho andado para preservar tudo aquilo que cada uma tem de melhor, por isso, guarde as garrafas de vinho deitadas, para evitar que a rolha seque, e num ambiente com uma temperatura estável. 
Se tiver dúvidas sobre a qualidade de um vinho que gostaria de servir (não sabe há quanto tempo tem a garrafa, a rolha está saída ou o vinho não chega até meio da gargantilha da garrafa…), prove-o primeiro: se o sabor se assemelhar a vinagre ou a nozes deite fora e abra outra garrafa. 
Nem sempre é fácil juntar vinho com alimentos, de forma a conseguir a melhor combinação possível, mas estas dicas dão uma ajuda: se quer beber um vinho com nuances de limão, como um Sauvignon Blanc ou um Pinot Grigio por exemplo, pense em alimentos que poderiam ser temperados e servidos com limão, caso do peixe; se o prato for mais cremoso, opte por um vinho igualmente cremoso, caso de um Chardonnay; se a refeição vai ser picante ou vai conter muitas especiarias/temperos, encontrará um bom equilíbrio num vinho mais frutado, como um Riesling. 
Servir um vinho corretamente passa por assegurar que ele esteja à temperatura adequada: certifique-se que retira um vinho branco do frigorífico 10 minutos antes de o servir (para assegurar que esteja a uma temperatura entre 4ºC e 7ºC) e que coloca um vinho tinto no frigorífico durante 10 minutos antes de o servir (para assegurar que esteja a uma temperatura entre 12ºC e 14ºC). 
Para além da temperatura, também é importante deixar o vinho “respirar” antes de o servir. Abra a garrafa e deite o vinho num decantador, deixando-o repousar durante pelo menos 15 minutos – este tempo vai permitir que o oxigénio se misture com o vinho e, consequentemente, potencie os seus sabores. Se não tiver um decantador, abra a garrafa (até pode deitar um pouco no seu copo) e respeite na mesma o tempo de repouso recomendado. 
Degustar um vinho, também passa por desfrutar do seu aroma e, embora este possa parecer um gesto snob ou reservado exclusivamente a quem realmente percebe de vinhos, não há nada como treinar o olfato! Antes de provar um vinho (nunca encha o copo!), agite-o suavemente no copo e leve-o ao nariz para poder cheirar. Enquanto o nosso paladar pode facilmente distinguir se um vinho é doce ou ácido, o nosso nariz tem uma maior capacidade para ajudar a decifrar as nuances de um vinho, para depois as poder saborear por inteiro. Sabia que 80% dos sabores que provamos chega ao nosso cérebro graças aos aromas que o nosso nariz conseguir distinguir? 
Quando em dúvida, opte sempre por um Pinot Noir, ou seja, se tiver de escolher uma garrafa de vinho para levar para um almoço ou para um grupo na mesa de um restaurante, escolha um Pinot Noir. Este é um vinho neutro que, não sendo nem muito pesado, nem muito suave, combina bem com uma enorme variedade de alimentos. 
Para além de ser um prazer beber um bom vinho, também é um prazer cozinhar com um bom vinho e é precisamente aqui que está o segredo: se não beberia o vinho, então não cozinhe com ele! Uma boa dica é cozinhar com o vinho que depois vai servir à refeição: o resultado final é muito engraçado… 
Infelizmente, o vinho tinto mancha facilmente os dentes de muitas pessoas, mas isso não quer dizer que tenha de abdicar do mesmo! Opte antes por vinhos tintos mais leves, caso dos Pinot Noirs ou os Roses, evitando os vinhos tintos que contêm uma elevada quantidade de taninos (os responsáveis pelos dentes manchados), caso dos Cabernet Sauvignons e dos Chiantis. 
No final de um almoço ou jantar, não precisa de deitar fora o vinho que ficou na garrafa(s). Sabia que existem várias maneiras de aproveitar as sobras de vinho? Este néctar dos deuses é demasiado bom para desperdiçar!

18/10/16

VINHOS FINOS REGISTAM ÚNICA ALTA DO SETOR VITIVÍNÍCOLA BRASILEIRO


Segundo dados divulgados recentemente pelo Ibravin, houve uma queda de 4,35% nas vendas do setor vitivinícola brasileiro (incluindo vinhos finos e de mesa, espumantes e sucos) no primeiro semestre de 2016, quando comparado ao mesmo período do ano passado. No entanto, os vinhos finos, quando computados separadamente, apresentaram um crescimento de 9,33%.

Entre as produções, os espumantes foram os que sofreram a maior queda de vendas









Único dos itens a registrar alta, os vinhos finos contrastaram com os de mesa, que caíram 5,73%; com os sucos de uva (5.85%); e principalmente com os espumantes (9,65%). Na análise do instituto acerca dos números totais de importação, eles também cresceram, em um total de 5,09%. Apesar do resultado geral não ser o ideal, há uma perspectiva de melhora no cenário para este segundo semestre de 2016.
“O setor vitivinícola não está desconectado da situação econômica nacional. Mas, comparando com outros segmentos, o recuo não foi tão drástico. Talvez, se tivéssemos conseguido reverter a elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), poderíamos alcançar o mesmo resultado do ano passado. Ainda assim, acredito que reverteremos este cenário de baixa”, analisou o Sommelier, maítre,Bartender, deejay, investidor .

Ricardo Valsumo.



20/09/16

VINHO DO PORTO FILOSOFIA E HISTÓRIA


Este mês, dentro de nossa volta ao mundo pelos países produtores, previa falar dos vinhos da França. Já tinha uma série de vinhos listados e parte da matéria pronta, mas recebi mais de 30 novos rótulos para provar, sem contar os que ainda estão por chegar, e achei que não seria justo para quem me enviou os vinhos e para com você, caro leitor amigo, correr com a avaliação. Por outro lado, a França talvez seja dos países mais complexos para se falar de vinhos. Tanto que, a principio, decidi que irei falar dos vinhos Franceses por dois meses seguidos, tamanho o número de rótulos interessantes e regiões sobre as quais falar. Neste mês de Setembro, mês especialíssimo em que se comemora o dia das vindimas, falaremos dos Vinhos do Porto, umas das minhas paixões, e suas características. Em outubro e novembro, retomando a viagem, falaremos sobre a França e suas regiões produtoras; um mar de opções, estilos e preços. Lancei alguns desafios aos importadores e lojas no sentido de encontrar bons vinhos com preços baixos, coisa difícil nos vinhos Franceses que por cá perambulam, vamos ver no que vai dar. Acho que poderemos ter diversas surpresas agradáveis!



Vinho do Porto, um dos vinhos mais antigos do mundo e de enorme capacidade de guarda dependendo da categoria. Um grande vinho Vintage, é para se tomar com mais de 20 anos quando começa o seu período de maturidade e é vinho para 50, 70, 80 anos de vida, e mais um pouquinho ainda se for de uma grande safra e de respeitado produtor. A característica do Vinho do Porto é de ser um vinho elaborado com uvas da região que, no meio do processo de fermentação, lhe é adicionado aguardente vínica, interrompendo o processo, o que faz com que o açúcar que iria se converter em álcool permaneça no vinho lhe deixando um residual de doçura. É um vinho fortificado, generoso como é chamado em Portugal, que fica com um nível de teor alcoólico entre 19 a 22º. No caso dos brancos, um pouco menos, algo próximo a 17º.

Vinho do Porto não é todo igual, e isso é que buscarei mostrar aqui, junto com algumas sugestões de bons vinhos a preços que caibam no seu bolso na seção Tomei e Recomendo que publicarei mais tarde, ao longo da semana, Expovinis permitindo. Por exemplo, você sabia que o Vinho do Porto é produzido na região do Douro, norte de Portugal, e que esta foi a primeira região demarcada do mundo, em 1756? Mas quais os tipos de Vinho do Porto produzidos? Apesar do grande consumo no Brasil e o grande aumento de demanda que, de 2003 para 2007 cresceu 100% atingindo um total de mais de um milhão e cem mil garrafas, pouco se conhece sobre os estilos do vinho produzidos. O que é um Tawny, um Ruby, Colheita, Vintage, LBV, Reserva, etc. Na maioria das vezes simplesmente se compra um Porto sem conhecimento de causa. Existem Portos para tudo o que é gosto, momento e preço. Quando se prova um vinho do porto de qualidade, jamais se esquece!

Existe o tipo Branco, mais suave e menos comum por aqui. Este pode ser seco, doce ou meio-doce normalmente produzido com um corte das castas Malvasia Fina, Rabigato, Viosinho, Gouveio e Códega. È o de menor consumo e, em Portugal se tornou muito comum sendo preparado como um drink na forma de um Portônica. Uma dose de Porto branco seco, casquinha de limão, gelo e tônica a gosto. Super referescante e saboroso, ótimo para ser servido como aperitivo.

Dos tintos existem basicamente dois estilos, o Tawny que é aloirado na cor, e o Ruby, de um vermelho mais intenso, cada um deles com algumas variáveis e características próprias conforme demonstrado abaixo. As uvas usadas na elaboração dos vinhos são a Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz (tempranillo), Tinto Cão, Tinta Amarela e Touriga Franca ou Francesa. A grande maioria dos vinhos exportados é tinto e o Brasil é hoje o 11º país importador em valores totais. Os maiores consumidores mundiais, na ordem de valor são; França, Portugal, Holanda, Reino Unido e Bélgica que totalizam cerca de 80% do consumo. Não por acaso, são os países Europeus de maior migração Portuguesa.

Ruby – Envelhece, inicialmente, em balseiros de mais de 5000 litros (existem balseiros de 20 até 50.000 litros) por um mínimo de dois anos quando o produtor testa seus vinhos para ver o quanto ele evoluiu e se está apto, em função da qualidade, a ser declarado um Vintage, top da linhas dos Vinhos do Porto. Caso ache que o vinho tem esse potencial, terá que apresentar o pleito, e amostras, ao Instituto do Vinho do Porto que ratificará, ou não, a declaração de Vintage. Se ratificado, o vinho será engarrafado de imediato e sem filtragem, ficando em caves por um curto espaço de tempo para aclimatização, e rapidamente colocado no mercado onde irá envelhecer nas adegas e caves de lojas, distribuidores, importadores e, porquê não, na sua casa. Neste caso o envelhecimento se dará na garrafa. A ratificação de vintage poderá ser dada somente a alguns produtores e, em caso de grandes safras como 1994, 2000 e 2003 , dizem que também a de 2005, o Instituto poderá declarar a safra como Vintage, o que configura os vinhos como de Vintage Clássico, após a solicitação da grande maioria dos associados e confirmada/ratificada a qualidade dos produtos apresentados. De qualquer forma, a solicitação de Vintage parte sempre do produtor junto ao instituto, que fiscaliza detalhadamente os produtos e produtores garantindo que os níveis de qualidade exigidos sejam cumpridos. São vinhos que podem podem ser tomados de imediato, pois ainda retém um pouco da fruta e da juventude, mas se passar de uns dois ou três anos dependendo do produto, o vinho se fecha e fica difícil de beber, voltando a estar pronto a beber e com muito mais complexidade, a partir dos 10 ou 15 anos de garrafa. Os Single Quinta Vintages, são produtos elaborados com uvas vindas de uma só propriedade com características próprias do terroir. Os Americanos gostam de tomar os Vintages novos com bastante potência, os Ingleses preferem-no mais velho e maduro com mais elegância, questão de culturas e gostos. Por suas características e idade, o vinho dever ser decantado para subtrair as borras e bebido logo, não devendo ser guardado depois de aberto já que se oxidará. Um néctar próprio para grandes eventos e meu favorito!

Quando os vinhos nos balseiros, não atingem qualidade de Vintage, eles podem permanecer por mais uns três a quatro anos no balseiro para serem posteriormente engarrafados, com ou sem filtragem, já vindo para o mercado pronto; são os LBV (Late Bottled Vintage). Normalmente são engarrafados entre quatro a seis anos após a colheita, dependendo do produtor e do produto pretendido. Alguma melhora ocorre com o tempo na garrafa, em geral por uns três a cinco anos e quando aberto deverá ser consumido no dia ou no máximo em uns três ou quatro dias, eventualmente uma semana se usado o vacu-vin. Em ambos estes casos, os vinhos são fruto de uma só colheita. Na falta do Vintage, o LBV é uma grande opção por uma fração do preço.

O Character, ou Reserva, é uma mescla de vinhos de diversas safras que ficam em balseiros entre 4 a 6 anos quando é engarrafado e colocado no mercado pronto para beber. Neste casos, pode-se consumir o vinho em até umas três ou quatro semanas desde que guardado com vacu-vin na geladeira, sem grandes alterações na qualidade. Existem produtos de grande qualidade e ótimo preço que merecem ser conhecidos.

Finalmente ou Ruby básico que é uma mescla de vinhos de diversas safras envelhecido em Balseiros por um período de cerca de 3 anos. Não melhora na garrafa e vem pronto para beber. Depois de aberto poderá se manter, relativamente bem, por umas quatro a seis semanas desde que guardado na geladeira com o uso de vacuo-vin. Neste segmento, existe de tudo no mercado e há que se ter um pouco de cuidado na escolha.

Os vinhos Ruby, por seu pouco contato com a madeira, são vinhos tradicionalmente mais encorpados, densos, cor vermelho escuro (daí o nome), levemente doces e com aromas de fruta bem presentes.


O mês de Setembro é, também, o mês das vindimas e acho que um brinde com Vinho do Porto é o que há! Um bom LBV ou Reserva Ruby, representando a longevidade e a evolução que se esperam do enlaçe entre duas pessoas que se amam, tem tudo a ver. Na Quarta-feira, completarei aniversário de casamento, então escusado será dizer merece um brinde e, especialmente, sobre e com os vinhos de estilo Tawny ou vintage quem sabe! rsrsrsrs  Posteriormente, algumas dicas de ótimos produtos em Tomei e Recomendo. Aguardo você por aqui.

Salute e tchin tchin.

14/09/16

DR LOOSEN RIESLING BEERENAUSLESE 2006






Apesar de ser um produtor alemão altamente conceituado, na primeira vez que tomei um vinho da Dr. Loosen - Dr L Riesling Trocken - ele tinha me desapontado. Quer dizer, não era ruim, mas eu esperava mais de um Riesling alemão de um produtor conceituado. Mas pudera, tratava-se do vinho mais básico da empresa, produzido com uvas compradas de outras propriedades.




Mas quando tratamos de um vinho de categoria superior, aí sim, a vinícola mostra a razão de sua fama. O Dr. Loosen Riesling Beerenauslese 2006 vem de vinhedos próprios do produtor, e recebe duas expressões que são garantia de qualidade, na Alemanha: Beerenauslese (ou BA) e VDP.










O primeiro dos termos, Beerenauslese, é uma classificação oficial de qualidade de vinhos alemã. Está logo abaixo da categoria TBA (a classificação máxima). Ela define que as uvas têm que ser colhidas individualmente, deixando o restante do cacho no pé. E as uvas colhidas devem estar sobremaduras (existe uma concentração de açúcar mínima) e preferencialmente, acometidas pela botrytis.




Por sua vez, VDP é a sigla do nome de uma associação dos melhores produtores da Alemanha. Ela define critérios muito restritos para que um produtor possa se tornar membro e, garante a qualidade dos produtos que exibem o seu selo (a propósito, o Dr L, aquele que me desapontou, não tem o selo VDP).

















Essa garrafa foi comprada na Alemanha, já que os vinhos doces da Dr. Loosen infelizmente não são importados ao Brasil (apenas os secos são encontrados por aqui). Um amigo a trouxe em um jantar em um restaurante, em Portugal. A comida foi meia-boca, mas a boa companhia e bons vinhos, justificaram o momento; e este vinho fechou a noite em grande estilo. De cor dourada, denso, concentrado, com uma explosão aromática, muita presença do aroma típico da botrytis, além de mel, frutas em calda, e muito frescor, mesmo no nariz. Na boca, a intensa doçura (mais de 150 g/L de açúcar, de acordo com a ficha técnica) é totalmente balanceada por uma vibrante acidez (10,4 g/L), que somando-se a uma deliciosa persistência, só nos faz querer beber mais, Pena que a garrafa era pequena...

21/08/16

OS 5 VINHOS MAIS RAROS E MAIS CAROS DO MUNDO



Tudo bem, que eu nunca terei grana para adquirir um desses. Mas, em termos de cultura geral, por que não listá-los? Muito interessante!
Château Mouton-Rothschild Jeroboam 1945


Preço: 114.614 dólares.





Cada gota desse vinho exclusivo vale exatamente o mesmo que um diamante.O V em seu rótulo representa a vindima de 1945, ano do fim da Segunda Guerra mundial.


2. Château Lafite 1787 (Bordeaux)


Preço: 160.000 dólares





Impossível de beber, devido à idade, mas muito apreciada, essa “garrafa de vinagre” pertenceu a Thomas Jefferson. Ou seja, o líquido em si não vale nada, mas a história por detrás dele povoa o sonho de muitos colecionadores.


3. Heidsieck Champagne 1907


Preço: 275.000 dólares





Com mais de 100 anos, este champanhe é muito especial, já que foi enviado originalmente à família imperial russa em 1916. Porém, um naufrágio ocorrido na costa da Finlândia fez com que a encomenda nunca chegasse a seu destino. Em 1997, 80 anos depois, mergulhadores encontraram 200 garrafas, que finalmente chegaram a Moscou. Elas estão no Hotel Ritz Carlton e para degustar um exemplar, basta desembolsar 275.000 dólares.


4. Cabernet Screaming Eagle, 1992


Preço: 500.000 dólares.





A garrafa de seis litros, portanto, uma Matusalém, é de uma vinícola boutique de Napa Valley, nos EUA, que não realiza mais pedidos. Volta e meia uma garrafa dessa é vendida em leilões, sendo que a última foi arrematada pela bagatela de 200.000 dólares.


5. Licor Chambord


Preço: 2 milhões de dólares





Ok, não se trata de um vinho. Mas, tá valendo para esse post, até porque minha curiosidade sobre ele sempre foi grande. Trata-se simplesmente de uma das bebidas alcoólicas mais raras e caras do mundo. Deve ser porque sua garrafa em formato de esfera é decorada com ouro e pedras preciosas.


Curti muito essa pesquisa, sobretudo porque sempre tive curiosidade em saber sobre essas raridades de valores estratosféricos, destinadas a sheiks, entre outros milionários. Mas, para degustar, quem me conhece sabe que gosto mesmo é de um bom custo-benefício..rsrsrs…

05/08/16

O Vinho e a Vida, na visão de filósofos e pensadores...





Muito embora remota, a origem do vinho e sua presença na vida do homem podem ser constatadas desde o inicio da civilização e, ao longo dos séculos, através de citações, frases e pensamentos, atribuídos a filósofos que marcaram presença na história da humanidade.

Na Grécia, que amava o vinho e tinha nos gregos pensadores cautos, Hipócrates (460-370 a.C.),considerado o pai da Medicina, dizia: “O vinho é bebida excelente para o homem, tanto sadio como doente, desde que usado adequadamente, de maneira moderada e conforme seu temperamento.” Conhecedor, que era dos mistérios da vida, afirmava “ O vinho afoga todas os pesares ”. Ainda na Grécia, Sócrates (470-390 a.C ) assegurava: “O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente…ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida, que se apaga. Se você bebe moderadamente, em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã…Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida, gentilmente, a uma agradável alegria.”


Em Roma, onde a vida era feérica, os romanos tinham em seu vinho mais importante, Falerno, um instrumento através do qual se podia pintar um quadro de sua filosofia de vida. Assim, o vemos retratado nos pensamentos de Plínio, o Velho, ( 24-79 d.C.), historiador, cientista, gramático, quandoafirmava : “ Os imperadores romanos amaram o vinho de forma desmedida.” E acrescentava : “O vinho é, por si só um remédio. Nutre de forças o sangue do homem, alegra ao estômago, adormece os pesares e as preocupações.” E Cícero, ( 106 43 a.C ) escritor, político e orador romano asseverava “Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram.” E Sêneca ( 4 a.C – 65 d.C ), filósofo romano, constatava sua importância quando dizia “O vinho lava nossas inquietações, enxuga a alma até o fundo, e , entre outras coisas, garante a cura da tristeza.”


Na França dos grandiosos vinhos de Bordeaux e Borgonha, Rabelais (1494 – 1553) professor, médico, frade franciscano e escritor francês assegurava ::”O vinho alegra o coração do homem. Jamais homem nobre odiou o vinho“. E Bossuet (1627-1704 ), religioso e escritor francês, admitia : ” O vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, de todo o saber e filosofia.” Também, Napoleão Bonaparte , imperador francês(1769-1821), admitia seu papel preponderante ao afirmar : ” Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário” ; Richelieu, ( 1585 – 1642 ), cardeal e político, dizia : “Se Deus tivesse proibido o vinho, por que o teria feito tão gostoso?.” Baudelaire ( 1821-1846 ), poeta francês, concluiu que :“Para não ser escravos martirizados pelo Tempo, embriagai-vos, embriagai-vos, sem cessar! Com vinho, poesia ou virtude, a vossa escolha.” Pasteur (1822-1895), dizia que “Existe mais filosofia em uma garrafa de vinho que em todos os livros.“

Não somente nos paises onde a cultura do vinho sempre foi importante, pensadores expressaram opiniões e emitiram citações sobre a bebida dos deuses. Assim na Inglaterra, Alexander Fleming ( 1881-1945), prêmio Nobel de Medicina, afirmava “A penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes.” Nos Estados Unidos, Benjamin Franklin, ( 1706 – 1790 ),filósofo e político,dizia : “O vinho é prova constante de que Deus nos ama e nos deseja ver felizes”. Como eles, muitos outros filósofo e livre pensadores, em algum momento fizeram citações sobre o vinho e a vida , porém o mais importante é saber que na verdade, ao longo da história, o homem amou a vida e o vinho, não porque está acostumado a eles e sim porque está acostumado ao amor.